Igreja Católica: do início simples, a instituição poderosa

O cristianismo tem por base os ensinamentos de Jesus de Nazaré aos 12 apóstolos. Um deles, Pedro, foi, segundo os católicos, a pedra sobre a qual Cristo edificou a sua Igreja e é por isso considerado o primeiro Papa. Uma Igreja que se forma sob o jugo de Roma, que persegue os primeiros cristãos por afrontarem o culto ao soberano imperial. A evangelização dá-se com a fuga de Jerusalém para os territórios que correspondem hoje à Síria e à Turquia. A partir daí, e durante três séculos, a fé espalhou-se pelo Mediterrâneo, por África e pela Ásia.

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Foi, no entanto, apenas no século IV que o imperador Constantino deu liberdade ao cristianismo, reconhecendo-o como religião. O próprio autoriza que seja erguida a primeira basílica em Roma. Estava já em grande declínio o império romano do ocidente que cai, em definitivo – assim ficou assinalado para a História – no ano 476. Com a desagregação política e territorial, fica nas mãos dos religiosos católicos o poder de apoiar o povo e é quando a ação administrativa se junta à ação espiritual.

Até ao fim do primeiro milénio, a Igreja Católica ganha cada vez mais poder, aliando-se aos soberanos dos reinos que foram surgindo com o desaparecimento do império. A sua influência torna-se tão grande que acaba por criar uma estrutura político administrativa própria cujas bases duram até hoje: a Cúria Romana, que mais não é do que o conjunto de departamentos religiosos, geridos por cardeais que apoiam o Papa na administração da Santa Sé. Desde 1929 tem como sede o soberano Estado da Cidade do Vaticano.

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