O Planeta Vivo
A Terra: movimento perpétuo
O berço da espécie humana, e de toda a vida que se conhece, é feito de massa e de energia que escapam aos nossos sentidos. Saber como tudo começou leva-nos ao início do sistema solar: o Big Bang. O nascimento da Terra, a evolução do planeta, da sua estrutura interna à tectónica de placas e à atividade sísmica, são os principais temas abordados no primeiro episódio de "O Planeta Vivo".
A criação do planeta Terra é uma epopeia cósmica que começou há cerca de 4,6 mil milhões de anos. No início era uma imensa nuvem de poeira e gás a girar no espaço. Dessa dança, surgiram colisões violentas e, pouco a pouco, formou-se uma bola incandescente de rochas derretidas. A jovem Terra parecia mais um inferno a ferver do que o nosso atual globo azul. Com o tempo, esse caldeirão de fogo organizou-se em elementos pesados, como o ferro, que afundaram e formaram o núcleo, enquanto os mais leves flutuaram para criar o manto e a crosta. Arrefecimento e solidificação.
Mas a Terra nunca ficou quieta: erupções libertaram gases que formaram a atmosfera, enquanto a crosta foi sendo sacudida, esculpindo montanhas e abrindo vales, numa coreografia simultânea de criação e de destruição. O próximo ato desta narrativa geológica também parece magia: o vapor de água na atmosfera condensou, transformando-se em chuvas torrenciais e ininterruptas que originaram o primeiro oceano – o mar primordial onde a vida começou a dar os primeiros passos.
Os grandes maestros da sinfonia geológica que dura até aos nossos dias são asplacas tectónicas. Um quebra-cabeças em constante movimento. São como jangadas de pedra gigantes que se encontram e sacodem o solo, provocando a erupção dos vulcões e sismos que, por sua vez, alteram a face da do planeta. Uma espécie de forças titânicas que mantêm a Terra em perpétuo movimento, como uma obra de arte ainda em construção.
Temas
Ficha Técnica
- Título: O Planeta Vivo - episódio 1
- Tipologia: Documentário
- Autoria: Gertrudes Marçal
- Produção: Terra Líquida Filmes
- Ano: 2024