Arménio Vieira: a grande literatura é poesia
Personalidade insubmissa a poderes políticos e a escolas, o único movimento que segue vem do seu interior e chama-se poesia. Arménio Vieira começou a fazer poemas em menino. Os poucos livros que escreveu mereceram o Prémio Camões em 2009.
Nascido em terra pequena, rodeada por mar, foram as palavras que levaram Arménio Vieira a geografias distantes, habitadas por histórias que a sua imaginação de menino já conseguia alcançar. Na escola lia Camões, Gil Vicente, Antero de Quental, Bocage. Depois, foram-lhe chegando livros de outros autores que o inclinaram ainda mais para o ofício da escrita. Começou pela poesia, mais tarde estreou-se no romance. Para ele, os dois estilos entrecruzam-se: a grande literatura, sublinha, é também poesia. Nesta entrevista, realizada em 2009, ano em que recebeu o Prémio Camões, revela que, no ato de criação, ouve uma voz interior que lhe dita o primeiro verso.
Arménio Vieira, que também foi jornalista e professor, e jogador compulsivo de xadrez, publicou o primeiro livro, “Poemas”, em 1981. Em 2006 regressa com novas poesias em “MITOgrafias”. Pelo meio escreveu dois romances: “O eleito do sol” e “No inferno”. Para o escritor, natural da cidade da Praia, ilha de Santiago, o Prémio Camões, o mais importante da língua portuguesa, mais do que projetar a su aobra, serve para estimular o interesse pela literatura que se produz na sua terra de muitas ilhas, Cabo Verde.
Temas
Ficha Técnica
- Título: Aménio Vieira distinguido com o Prémio Camões
- Tipologia: Reportagem
- Autoria: Hulda Moreira
- Produção: RTP África
- Ano: 2009
- Título do 2.º vídeo: Fórum África - Entrevista a Arménio Vieira
- Tipo: Extrato de Programa
- Apresentação: Maria João Silveira
- Produção: RTP África
- Ano: 2009