Daniela: as lésbicas não podem ser mães
Daniela é casada com Isabel e o sonho de serem mães juntas esteve sempre presente na relação. Determinadas e confiantes de que um bebé nas suas vidas era a maior felicidade que poderiam ter, puseram o sonho em prática, contra todos os preconceitos. Depois de várias tentativas falhadas com diferentes processos, optaram pela maternidade partilhada. Daniela deu os óvulos e Isabel, o útero.
Daniela é firme ao declarar que ser lésbica não lhe retira os mesmos sonhos de maternidade que têm os heterossexuais. O casal teve primeiro de ultrapassar o preconceito sobre a relação homossexual que culminou em casamento. Mais difícil de aceitar por parte de muitos foi a opção de terem filhos. Quando se fala de homoparentalidade são sempre levantadas questões sobre direitos das crianças, educação desviante ou modelos morais. É, desde logo, a educação que se dá aos mais novos que alimenta, segundo Daniela, o preconceito.
O Meu Género
Acredita que “o género não determina uma família. O que o faz, é o amor.” Por isso, o sentimento entre este casal lésbico levou a várias tentativas de gravidez até ao sucesso. Primeiro em Espanha – pois a lei em Portugal não o permitia – e depois já em território nacional. Desde a inseminação artificial à fertilização in vitro, o que resultou foi mesmo a maternidade partilhada que consistiu na fecundação de óvulos de Daniela, em laboratório, transferidos depois para o útero de Isabel. Já depois deste testemunho, em 2019, nasceu a Leonor.
#SÓQNÃO dá voz aos que sofrem de preconceito. Qualquer que seja: racial, religioso, sexual, físico, mas também profissional, alimentar, moral ou espiritual. Cada protagonista coloca-nos perante o que tem de ultrapassar no dia-a-dia e, assim, cada um vai representar um rótulo, por norma associado a uma ideia socialmente pré-concebida.
João: gay e sempre histriónico
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Ficha Técnica
- Título: #SÓQNÃO - temporada 1, episódio 7
- Tipologia: Programa
- Autoria: Joana Martins
- Produção: RTP
- Ano: 2019
