Planeta A

Oceanos: Um Mergulho pela Salvação do Planeta

Se as florestas são um dos pulmões da Terra, os oceanos são o outro. Mas as alterações climáticas e ação humana estão a pôr em risco a saúde dos mares. O aumento da temperatura, a acidificação das águas, a poluição e a pesca excessiva estão a levar ao desaparecimento de espécies fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas.

Um mergulho nos mares dos Açores revela-nos um dos lugares do mundo onde a dimensão e a importância do oceano assume o seu carácter primordial para a sustentabilidade do planeta e da vida na Terra. Ali podemos observar tubarões-azuis, espécie que nos últimos 50 anos diminuiu cerca de 70 por cento em todo o mundo, em grande parte devido ao “finning” – a remoção da barbatana para alimentação humana. Um processo cruel que culmina com a devolução do animal amputado ao mar, onde morre em sofrimento lento.

Este é um exemplo da rápida perda de biodiversidade e da urgência em tomar medidas. A cogestão de pescas, a captura de carbono através das pradarias marinhas, o uso de algas para uma aquacultura sustentável, as oportunidades da economia azul do mar, são algumas das medidas para a preservação dos oceanos. A maioria das pessoas acredita que só as árvores produzem oxigénio mas, a ocuparem quase três quartos da superfície do planeta, os mares fornecem mais de metade deste elemento essencial para a nossa vida.

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O aquecimento a nível global é o grande risco. Noventa por cento do excesso de calor no planeta é absorvido pelos oceanos e, assim, a Terra ganha tempo para encontrar vias de sobrevivência. É, por isso, fundamental guardar as florestas aquáticas. Pradarias marinhas como as que encontramos no estuário do Sado, em Portugal. Também nas águas vivem seres que são motores gigantes de descarbonização: as baleias. Ao longo da vida, cada cetáceo absorve, em média, 33 toneladas de CO2. Uma árvore, no mesmo período de vida, captura três por cento desse valor.

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A pressão populacional nas zonas costeiras é um dos fatores que mais contribui para a degradação marinha. 80 por cento da poluição dos oceanos tem origem em terra. Plásticos, herbicidas e pesticidas nadam pelos rios até ao mar. Outro fator humano essencial para o empobrecimento das águas, é a pesca. Estima-se cada cada ser humano consuma, em média, 19 quilos de peixe por ano. O dobro de há meio século. A aquacultura apresenta-se como forte alternativa, não apenas para a produção de peixe, como de bivalves e algas, num ciclo de cadeia alimentar fechada, como o que está a ser posto em prática na Ria de Aveiro.

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Ficha Técnica

  • Título: Planeta A - episódio 6, Oceano
  • Tipologia: Documentário
  • Autoria: RTP e Fundação Calouste Gulbenkian
  • Produção: Até ao Fim do Mundo
  • Ano: 2022