Lygia Fagundes Telles, “a grande dama das Letras do Brasil”
Da busca da palavra faz um trabalho de paixão. Contadora de histórias, Lygia Fagundes Telles disseca os seres humanos e as suas contradições num estilo conciso, poético e irónico. A obra da escritora paulista foi distinguida com o Prémio Camões em 2005.
Acostumou-se com as histórias na infância, ouvia-as nas muitas terras por onde ia vivendo, levada pelo pai, promotor público. Mas a menina paulista estava predestinada a ser ela a imaginadora dos seus contos. Escreveu e publicou o primeiro livro aos 15 anos. Depois de “Porão e Sobrado” seguiram-se “Praia Viva” e o “O Cacto Vermelho”. Precocidades que a autora, nascida em 1923, se arrepende de ter tido. Para Lygia Fagundes Telles, a sua carreira literária começa mais tarde, em 1954, com o romance “Ciranda de Pedra”, transformado numa novela da Globo.
Formada em Educação Física e em Direito, a escrita impôs-se como ofício permanente e duradouro. Nos contos, e também nos romances, a autora segue uma linhagem humanista, procura desvendar a natureza humana, persegue o segredo da criação. Com uma extensa obra publicada, Lygia Fagundes Telles, que tem Sebastião da Gama como o seu poeta português favorito, tornou-se a terceira mulher eleita pela Academia Brasileira de Letras. Aqui, nesta reportagem, acompanhamos o momento em que recebe outro prémio maior da literatura da língua portuguesa, o Prémio Camões.
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Ficha Técnica
- Título: Prémio Camões - Lygia Fagundes Telles
- Tipologia: Reportagem
- Autoria: Susana Santos
- Produção: RTP
- Ano: 2007