Militares portugueses continuam a sofrer de stress pós-traumático

O stress pós-traumático continua a afetar milhares de portugueses que participaram como militares na guerra colonial ocorrida há várias décadas. Um médico reformado do exército explica as causas e os efeitos que esta doença tem sobre os ex-combatentes.

Nas frentes de combate vivem-se situações de risco de vida, tensão e angústia, que afetam de forma diversa os indivíduos. Os efeitos destes traumas podem perdurar no tempo, levando as pessoas afetadas a reviver os eventos, a ter pesadelos frequentes e a evitar tudo o que possa trazer recordações dos acontecimentos.

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Na ilha Terceira, Açores, o psicólogo André Pamplona continua a dar consultas de apoio psicológico a combatentes que passaram pelos  campos de batalha nas ex-colónias ultramarinas e vivem em situação de stress pós-traumático.

Este coronel, com oito décadas de vida e aposentado do exército, defende que  não basta apenas o atendimento psicológico para os homens que sofrem desta patologia, sendo necessário promover o crescimento pós-traumático, ou seja, criar perspetivas que permitam uma vida mais próxima do normal.

Cerca de 800 mil soldados portugueses combateram na guerra colonial e mais de 40 mil desenvolveram sintomas de stress de guerra.

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Ficha Técnica

  • Título: Ex-militares da guerra colonial ainda sofrem de stress
  • Tipologia: Reportagem
  • Autoria: Alexandre Jesus/ Alexandre Jesus
  • Produção: RTP
  • Ano: 2020