Militares portugueses continuam a sofrer de stress pós-traumático
O stress pós-traumático continua a afetar milhares de portugueses que participaram como militares na guerra colonial ocorrida há várias décadas. Um médico reformado do exército explica as causas e os efeitos que esta doença tem sobre os ex-combatentes.
Nas frentes de combate vivem-se situações de risco de vida, tensão e angústia, que afetam de forma diversa os indivíduos. Os efeitos destes traumas podem perdurar no tempo, levando as pessoas afetadas a reviver os eventos, a ter pesadelos frequentes e a evitar tudo o que possa trazer recordações dos acontecimentos.
Na ilha Terceira, Açores, o psicólogo André Pamplona continua a dar consultas de apoio psicológico a combatentes que passaram pelos campos de batalha nas ex-colónias ultramarinas e vivem em situação de stress pós-traumático.
Cerca de 800 mil soldados portugueses combateram na guerra colonial e mais de 40 mil desenvolveram sintomas de stress de guerra.