Santa Maria, o deserto vermelho dos Açores

É a mais meridional e oriental e foi a primeira ilha, do conjunto de nove, a ser descoberta e povoada. Foi também o primeiro território do arquipélago a formar-se e tem, por isso, caraterísticas únicas. Rochas sedimentares com grande variedade de fósseis marinhos e importantes afloramentos de lava submarina.

Há 14 geossítios assinalados em Santa Maria. O Barreiro da Faneca, também conhecido por deserto vermelho dos Açores, confere à ilha uma paisagem única. Trata-se de uma antiga escoada lávica basáltica que, coberta de cinza vulcânica e alterada por ação do clima, originou as argilas vermelhas.

Outra singularidade da ilha reside nas suas jazidas de fósseis marinhos. Há registos com cinco milhões de anos. Conchas, corais, moluscos e algas que na rocha calcária marcam, não só a passagem do tempo, mas a história da ilha que surgiu, foi engolida pelo mar e voltou a emergir através de novas erupções.

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Os fósseis marinhos de Santa Maria

Geossítios como a Ponta do Castelo – um promontório criado numa arriba de vulcânica -, são uma importante área de conservação de várias espécies de fauna e flora em risco de extinção. É uma das zonas mais frequentadas por quem gosta de mergulho, com várias grutas marinhas pouco profundas.

Já quem prefere rapel, pode encontrar na Ribeira do Maloás um espetáculo para a vista e para os músculos. Trata-se de um afloramento de colunas basálticas com mais de 200 metros de extensão, com uma queda de água de 20 metros de altura, sendo uma das formações geológicas mais originais dos Açores.

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