Fluxos migratórios do século XXI
Uma rota numa Europa onde ninguém os quer
Na fronteira da Polónia com a Bielorrússia, milhares de pessoas escondem-se nas florestas à espera de uma oportunidade para entrarem na União Europeia. Sob temperaturas negativas, muitos acabam por perder a vida. Rejeitados pelos dois países, o único apoio humanitário é de habitantes locais.
Depois de toda a segunda década do século XXI ter sido marcada pelo fluxo de migrantes e refugiados a tentarem entrar na Europa pelo Mediterrâneo, as rotas terrestres dentro do próprio continente aumentam a olhos vistos. Desesperados por um sonho que muitas vezes não é mais do que uma fuga de um lugar onde a vida se tornou impossível, milhares de pessoas cruzam fronteiras ao mesmo tempo que Estados reerguem barreiras.
Em 2021, uma das mais penosas situações de fluxo migratório verificou-se entre a Bielorrússia e a Polónia. São sobretudo pessoas provenientes do Médio oriente e de alguns países africanos, mas também do Afeganistão, onde voltou a instalar-se o poder fundamentalista religioso talibã. Uns fogem da guerra, outros de perseguições religiosas, raciais, políticas, alguns querem apenas viver melhor.
A Bielorrúsia, que não pertence à União Europeia (UE), empurra estas pessoas – que apenas usam o território como rota de passagem – para a fronteira polaca, país integrante da UE, que por seu lado levanta muros de arame farpado e guarda a fronteira com militares, não permitindo uma entrada maciça de pessoas que diz não poder suportar.
Ficha Técnica
- Título: Europa Minha - temporada 5, episódio 37
- Tipologia: Reportagem
- Autoria: Raquel Morão Lopes / João Oliveira
- Produção: RTP
- Ano: 2021