Açúcar, o ouro branco da Madeira do século XVI

Nos séculos XV e XVI, a riqueza criada pela produção de açúcar possibilitou às elites madeirenses comprar obras de arte nas mais importantes oficinas europeias. Muitas dessas composições, quase sempre com características religiosas, estão reunidas em diversas coleções públicas. Oito dezenas estiveram expostas em Lisboa entre o final de 2017 e o início de 2018.

Depois de o Infante D. Henrique ter levado a indústria do açúcar para a Madeira, ainda no século XV, o Funchal transformou-se num grande centro comercial onde acorriam comerciantes de várias nacionalidades.

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A exportação para a Flandres inicia-se em 1472, transformando aquele entreposto comercial na principal porta de ligação aos restantes mercados europeus, mas a ilha continuou a contar com a presença regular de comerciantes italianos, bascos, catalães ou flamengos.

É na década de 20 do século XVI que o comércio do açúcar alcançou o seu ponto mais alto e são também desse período a maioria das obras de arte de origem flamenga que hoje se podem encontrar na ilha.

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Pinturas, trípticos ou retábulos – alguns de grandes dimensões – são as principais peças que se encontram nas diversas coleções, mas há também imagens religiosas, objetos de prata, cobre e pedras preciosas.

A Madeira foi um dos principais mercados do açúcar do Atlântico até à primeira metade do século XVI, entrando depois em declínio.

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Ficha Técnica

  • Título: Exposição: As Ilhas do Ouro Branco
  • Tipologia: Reportagem
  • Autoria: Catarina Dias Ribeiro
  • Produção: RTP
  • Ano: 2017