Imagens do Estado Novo: modernidade e tradição
O espírito nacionalista dominava a cultura do Estado Novo. O que se produzia tinha o carimbo da propaganda, a arma que Hitler e Mussolini usavam para difundir o fascismo entrava, em 1933, ao serviço da mais recente ditadura europeia. António Ferro era o homem de Salazar no Secretariado de Propaganda Nacional, simpatizava com as ideologias de direita, defendia os ideais do salazarismo e, ao mesmo tempo, apoiava as vanguardas modernistas.
O estilo do regime dependia das suas escolhas, da capacidade para conjugar a estética moderna com a tradição da história. Surgem nova publicações, renovam-se e valorizam-se as artes gráficas, a fotografia ganha espaço nos jornais e revistas, rádio e cinema passam a ser veículos fundamentais desta máquina que, acima de tudo, quer manipular o povo e unir a nação à volta da imagem salvadora do líder único. Pela primeira vez, recorda a historiadora de arte Filomena Serra, coordenadora da obra Fotografia Impressa em Portugal no Estado Novo, os portugueses vão conhecer o país.
Temas
Ficha Técnica
- Título: Nada Será Como Dante
- Tipologia: Extrato de Programa Cultural
- Produção: até ao Fim do Mundo
- Ano: 2022