Ecossistemas de carbono azul: os grandes reservatórios
O aumento do nível das águas do mar, devido às alterações do clima, tem um forte impacto nas zonas entre mar e terra - uma estreita faixa que dá um enorme contributo no combate ao aquecimento global. O que são os chamados ecossistemas de carbono azul?
Dividem-se, sobretudo, em pradarias marinhas, mas também sapais e mangais – sendo estes últimos compostos por plantas terrestres que colonizam áreas de estuário, sujeitas a marés. Já as pradarias – conhecidas como as florestas do mar e compostas por plantas vasculares, diferentes das algas -, vivem debaixo de água. Os prados encontram-se por todo o mundo, com exceção das regiões polares. Os sapais, compostos por arbustos e plantas herbáceas, ocupam áreas de clima temperado e os mangais, com grandes arbustos e árvores, são naturais dos trópicos.
Estas áreas são essenciais à vida na Terra e assumem um contributo preponderante face à problemática das alterações climáticas. São sugadouros de carbono com capacidade superior à das florestas tropicais, permitindo aliviar a atmosfera muito carregada pelo excesso de emissões de gás. Os oceanos são os maiores reservatórios de carbono e só depois surgem as reservas geológicas de combustíveis fósseis, seguidas da superfície terrestre e florestas e, por fim, a atmosfera.
O ciclo do carbono mostra-nos que este elemento transita de forma natural e permanente entre a terra, o mar e a atmosfera. Tem, no entanto, sofrido um enorme desequilíbrio, já que as emissões de gás são desproporcionais, o que tem levado ao aumento do efeito de estufa e consequente aquecimento global do planeta. Para este desequilíbrio contribuem também ações humanas como o desmatamento e o uso super intensivo de combustíveis fósseis. Importa, também por tudo isto, proteger, mais do que nunca, os chamados ecossistemas de carbono azul.
Ficha Técnica
- Título: O Planeta Vivo - episódio 5
- Tipologia: Extrato de Documentário
- Autoria: Gertrudes Marçal
- Produção: Terra Líquida Filmes
- Ano: 2024