Ansiedades digitais
Estamos a usar a tecnologia ou é ela quem está a usar-nos? O mundo frenético do universo digital está a reconfigurar o nosso cérebro. O "non stop" dos dispositivos eletrónicos altera o tempo, cria necessidades e interfere na saúde.
Nomofobia, FOMO, Doomscrolling… é toda uma nomenclatura de termos que traduzem a cada vez mais comum sensação de ansiedade associada ao uso constante de dispositivos digitais. Seja por estarmos sempre ligados, pelas notificações que nunca param ou pela pressão de responder rápido a tudo e a todos. Muitas vezes, nem nos apercebemos de que o nosso corpo e mente estão em modo de alerta permanente, mas o cansaço mental, a irritabilidade, as dificuldades de concentração, as insónias e um sem número de sintomas surgem como resultado desta conexão ininterrupta.
Alguma vez sentiste FOMO?
Redes sociais, e-mails, apps de mensagens, tudo concorre por segundos do nosso dia. Os ambientes digitais são desenhados para captar o máximo de atenção e o cérebro reage com stress a este bombardeamento, além de criar enormes dependências. A importância de um maior equilíbrio assume caráter de urgência: aprender a fazer pausas e recuperar o controlo do nosso tempo digital.
Olívia C: 100% digital, 100% influencer
FOMO (Fear of Missing Out) – É o medo de estar a perder alguma coisa importante online, como notícias, eventos, ou simplesmente o que os outros estão a fazer. Pode levar à compulsão de verificar constantemente redes sociais e sentir que a vida dos outros é mais interessante.
Nomofobia – Vem de “no mobile phobia” e é o medo irracional de estar sem o telemóvel. Muitas pessoas sentem angústia quando se esquecem do telemóvel ou se fica sem bateria.
Ansiedade de resposta imediata – É a sensação de urgência para responder de forma imediata a mensagens, e-mails ou notificações. Pode gerar culpa ou stress quando não se responde “a tempo”.
Síndrome da notificação fantasma – A crença de que o telemóvel tocou ou vibrou, quando, na verdade, não aconteceu nada. É sinal de que o cérebro está em hiper-vigilante.
Sobrecarga informativa (ou infobesidade) – A sensação de que há informação a mais para processar. Pode dar origem a bloqueios, frustração e dificuldade em focar-se numa só tarefa.
Doomscrolling – É o hábito de consumir compulsivamente notícias negativas (principalmente nas redes sociais), o que alimenta sentimentos de ansiedade, medo ou desespero.
