Ilha das Flores: no início e no fim do continente

É onde a Europa começa ou Portugal acaba? É só uma questão de perspetiva. O território das Flores é o mais ocidental do continente europeu – assinalado no Ilhéu de Monchique -, apesar de se encontrar na totalidade sobre a placa tectónica Norte-Americana. Por estar tão a oeste, é a ilha mais chuvosa e a de clima mais ameno de todo o arquipélago, sendo, por isso, a mais verde.

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Localização

Tem nas lagoas afundadas em crateras uma das notas mais proeminentes da paisagem, resultado de inúmeras explosões hidromagmáticas – em que água e magma interagem quando se dá uma erupção vulcânica. Esta mistura revela-se em quatro das sete crateras da ilha, sendo uma delas a de maior profundidade dos Açores, com 108 metros.

Outro grande destaque paisagístico vai para a convivência entre grandes escarpas, de onde surgem abundantes cascatas, e fajãs, chegando a formar paredes com desníveis que atingem 300 metros.

A diversidade de formas na Ilha das Flores é também marcada por grandes rochedos, como o domo traquítico do Pico da Sé que, entre vales, está rodeado por filões e chaminés vulcânicas, ou a Rocha dos Bordões – uma estrutura geológica composta por colunas basálticas que lembram bordões e que mais não é do que uma escoada lávica com mais de 500 mil anos.

Além da riqueza geológica e cultural, a ilha foi incluída na Rede Mundial de Reservas de Biosfera da UNESCO pelo facto de apresentar uma natureza bem conservada. Abundam espécies vegetais endémicas, entre as quais se salientam os tapetes de turfeiras no planalto central e uma das maiores áreas europeias de cedro do mato.

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