Liberdade e bolotas, os segredos do porco preto

O porco preto é reconhecido pelo seu sabor e textura característicos, bem como pela gordura intramuscular; uma gordura mais saudável. Para que assim seja, estes porcos são criados em regime extensivo, ou seja, não estão confinados. São livres da andarem sempre soltos pelos característicos terrenos alentejanos conhecidos como montados – um ecossistema que, em Portugal, só existe no Alentejo. Florestas de azinheiras, sobreiros, mas também com áreas de castanheiros e carvalhos. O montado é uma área florestal protegida.

Explicador

Floresta portuguesa

Livres pelo montado, os porcos do Alentejo alimentam-se sobretudo do que a natureza lhes dá: bolotas e erva. Algumas vezes uma ajuda de cereais das próprias quintas, sendo evitadas as farinhas industriais.

Associados, os criadores nacionais de porto alentejano, criaram uma fileira de luxo que não só traz à mesa o porco preto em forma de secretos, lagartos, plumas ou espetadas, mas fornece também matéria-prima à indústria do presunto e enchidos, sendo exportada a maior parte para o mercado europeu.

O porto preto alentejano é um produto DOP (Denominação de Origem Protegida), assim designado pelas leis europeias que permitem reconhecer e proteger os produtos genuínos de determinada região.

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Juntamente com o montado – esta floresta particular da zona mediterrânica -, o porco preto tem, segundos os criadores e industriais da região, uma capacidade de desenvolvimento enorme, já que de um milhão e 200 mil hectares de montado existente, apenas 30% alberga a fileira da pecuária.

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