A escrita de Agustina “é pensamento em movimento”

Nos manuscritos de Agustina são muito poucas as palavras riscadas ou emendadas, como se todo o enredo estivesse bem definido antes de ser passado ao papel. Na sua escrita nada é arbitrário, o único acaso que ali acontece é a própria vida. Romances geniais, mas não convencionais, pontuados por aforismos, traço distintivo da literatura da autora de "A Sibila". A conversa que se segue ajuda a compreender a sua imensa obra, única na prosa portuguesa.

Na construção dos seus livros Agustina Bessa-Luís, que tão próxima é de Camilo Castelo Branco, tece enredos complexos e descontínuos, com personagens que morrem e reaparecem ao longo das histórias. Uma característica que dificulta a leitura dos romances, como também a linguagem metafórica e aforística pode desmotivar o leitor habituado a histórias com princípio, meio e fim.

Traços que paradoxalmente conferem genialidade à sua obra, como sublinham Inês Pedrosa e Pedro Mexia, conhecedores profundos de Agustina, nesta conversa conduzida por Paula Moura Pinheiro.

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Ficha Técnica

  • Título: Câmara Clara - Agustina Bessa-Luís
  • Tipologia: Extrato de Programa Cultural
  • Autoria: Paula Moura Pinheiro
  • Produção: RTP
  • Ano: 2009