Conteúdo cedido por : Ordem dos Psicólogos
Psicologia na Escola

Como construir autoestima

Como construir autoestima

A autoestima corresponde ao somatório das nossas ideias, opiniões e sentimentos sobre nós próprios/as. Ter autoestima significa que temos uma boa opinião sobre nós próprios/as e que nos sentimos bem connosco.

A autoestima é importante porque nos permite ser quem somos, acreditar nos nossos valores e ideais e fazer as escolhas certas quando somos pressionados/as*, pelas nossas amigas e/ou pelos nossos amigos, por exemplo. É claro que ter uma boa auto-estima não nos garante o sucesso, mas ajuda-nos a ultrapassar as situações em que as coisas não nos correm como gostaríamos, por exemplo.

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As pessoas com auto-estima sentem-se valorizadas e aceites pelas outras pessoas; sentem que merecem ser tratadas com justiça e respeito; aceitam-se e respeitam-se a si próprias, mesmo quando falham ou cometem erros; acreditam em si mesmas, mesmo quando não conseguem à primeira; conseguem reconhecer as suas qualidades e pontos fortes; têm orgulho no que fazem (por exemplo, passar num teste de matemática muito difícil ou fazer bem uma receita culinária nova).

As pessoas com baixa autoestima têm pior opinião sobre si próprias e sentem-se desadequadas, inferiores, não merecedoras de coisas boas. Focam-se nas vezes que falharam ou não tiveram sucesso; criticam-se e são duras com elas próprias; sentem-se inseguras ou inferiores às outras pessoas; pensam em si mesmas como tendo muitos defeitos e não sendo merecedoras de coisas boas; esperam que as outras pessoas não as aceitem e até que as tratem mal; duvidam das suas capacidades para fazer as coisas bem feitas e para terem sucesso.

A nossa auto-estima, ou seja, a forma como aprendemos a pensar e a sentir sobre nós próprios/as, pode ser influenciada pelas nossas Mães e pelos nossos Pais, Professores e Professoras e outras pessoas. Quando somos crianças, as pessoas adultas influenciam as ideias que desenvolvemos sobre nós próprios/as. Quando as pessoas adultas se focam nas coisas boas que somos, nos encorajam e apoiam, a auto-estima cresce saudavelmente. Mas se as pessoas adultas à nossa volta passam mais tempo a criticar-nos do que a elogiar-nos, pode ser mais difícil desenvolver uma boa autoestima. Os nossos irmãos e as nossas irmãs, ou os/as colegas da escola, também nos podem afectar quando nos ridicularizam ou gozam connosco. É fácil absorvermos mensagens negativas e elas tornarem-se parte da forma como pensamos sobre nós.

E quando achamos que não temos uma boa autoestima? Podemos melhorá-la? Claro que sim!

Precisamente porque a autoestima é um produto dos nossos próprios pensamentos e opiniões, é algo que podemos construir e melhorar. É preciso esforço, mas podemos treinar-nos para pensar de forma mais positiva e verdadeira sobre nós próprios. Podemos desenvolver opiniões e sentimentos mais positivos sobre nós. Este processo leva tempo e é algo que devemos ir fazendo a vida inteira!

Como? Devemos começar por reparar se somos muito duros/as e exigentes connosco próprios/as. Devemos prestar atenção ao que esperamos de nós. E substituir a necessidade de perfeição por um esforço para dar o nosso melhor: toda a gente no planeta falha e comete erros, é a natureza humana. Porque haveríamos de ser diferentes? Tentar aceitar os nossos erros e a forma como somos, permitindo a nós próprios/as sentirmo-nos bem com aquilo que fazemos e conseguimos.

Sentirmo-nos bem connosco deve ser um hábito diário, tal como lavar os dentes ou comer. Da próxima vez que dermos por nós a pensar nos nossos problemas e a queixarmo-nos sobre o nosso dia, podemos procurar uma coisa boa que contrarie isso, algo que correu bem por nossa causa, porque nos esforçamos para isso.

Não vale a pena compararmo-nos constantemente com as outras pessoas. Mais vale estabelecer objectivos realistas para nós próprios/os e tentar tirar o máximo partido dos nossos pontos fortes e capacidades. Dar o nosso melhor, um dia de cada vez. Toda a gente tem pontos fortes diferentes e é bom a fazer coisas diferentes: “A Catarina joga mesmo bem basquete, mas a verdade é que eu sou muito melhor em música do que no desporto. Mas vou continuar a jogar, simplesmente porque gosto”.

Quando a nossa autoestima é menos boa, tendemos a desvalorizar os elogios que nos fazem. Podemos pensar “pois… mas não é bem assim”. Em vez disso, devemos aceitar o elogio e apreciá-lo, levando-o a sério. Por algum motivo a pessoa o fez.

Pedir ajuda não é sinal de fraqueza, é algo de que todos e todas precisamos de vez em quando. Se sentes que não és capaz de melhorar a tua auto-estima sozinho/a, procura o/a Psicólogo/a da escola, ele/ela pode ajudar!

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A Ordem dos Psicólogos tem mais informação em escolasaudavelmente.pt

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Ficha Técnica

  • Título: Autoestima
  • Área Pedagógica: Psicologia
  • Tipologia: Rubrica
  • Autoria: Ordem dos Psicólogos
  • Ano: 2022
  • Imagem: fotografia de Julia M Cameron, Pexels.
  • *Nota: constituindo a linguagem uma ferramenta para combater as desigualdades sociais, contribuindo para a eliminação de estereótipos e formas de discriminação, a OPP advoga a utilização de uma linguagem inclusiva, enquanto instrumento transformador de atitudes e comportamentos, de promoção do bem-estar, da Saúde Psicológica e da coesão, igualdade e justiça sociais.