Planeta A

Produção e Consumo: o Insustentável Peso do Viver

Nunca consumimos tanto e a produção tem aumentado de uma forma sem precedentes, numa tentativa de acompanhar o crescimento desmesurado. O índice de dióxido de carbono bate recordes a cada ano. O Planeta está com uma pegada ecológica setenta por cento acima da sua capacidade. É uma corrida contra o tempo até esgotarmos os nossos recursos naturais.

O sinal vermelho há muito que se acendeu e, antes que seja tarde demais, urge colocar em prática, de forma generalizada e estruturada, conceitos que dão cada vez mais provas de vida: redução, reutilização e reciclagem. A nova economia não se compadece com padrões baseados na competitividade de preços e no consumo desmedido. O paradigma da economia linear revela-se obsoleto e inimigo da Terra.

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Várias indústrias têm procurado novas formas de produção com vista a proteger o meio ambiente. Desde o uso de borras de café para cultivar cogumelos (Portugal), a centrais de incineração mais eficientes e limpas (Dinamarca), passando, na indústria da moda, pelo uso de plásticos retirados do mar (Portugal) ou por novos sistemas mistos de criação alimentar, como as estufas aquapónicas – vegetais e peixes (Países Baixos).

Em De Ceuvel, um bairro autossustentável de Amesterdão, o arquiteto Wouter Valkenier dá-nos a conhecer, ao longo deste documentário, uma alternativa à vida convencional da cidade. Uma forma de estar fundada na economia circular, na reutilização de recursos, na colaboração constante entre vizinhos para reduzir o desperdício. É um exemplo de reinvenção da vida em sociedade através de uma fórmula de baixo impacto.

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Até 2050, estima-se que o Planeta se torne a casa de 10 mil milhões de pessoas. Os números para a sobrevivência são avassaladores e revelam uma completa impossibilidade de manter a vida tal como a conhecemos. Dos 65 mil milhões de toneladas de recursos que todos os anos são extraídos, apenas 7 por cento são reciclados.

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A maior crise da atualidade é a do desperdício e sistemas como o da indústria alimentar são exímios no desaproveitamento, numa época em que crescem os números da fome, em que a água escasseia e os campos agrícolas revelam saturação, tal como os oceanos ficam mais pobres. Outra área que provoca grande desequilíbrio no Planeta é a da construção civil que gera 30 a 40 por cento de todo o dióxido de carbono emitido e consome 35 por cento dos recursos naturais.

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Ficha Técnica

  • Título: Planeta A - episódio 3, Produção e Consumo
  • Tipologia: Documentário
  • Autoria: RTP e Fundação Calouste Gulbenkian
  • Produção: Até ao Fim do Mundo
  • Ano: 2022