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O expansionismo das potências nacionalistas e a II Guerra Mundial

O expansionismo das potências nacionalistas e a II Guerra Mundial

A década de 1930 foi um período marcante da história contemporânea, que iria culminar num novo conflito mundial. As três potências agressoras, o Japão, a Itália e a Alemanha, desafiaram o equilíbrio de poderes e foram responsáveis pela eclosão da Segunda Guerra Mundial. Motivados por um nacionalismo exacerbado, desrespeitaram os tratados assinados e adotaram uma política expansionista.

O imperialismo japonês no Extremo Oriente

As várias agressões que ocorreram nos anos 30 criaram uma atmosfera de tensão que iria envenenar as relações internacionais. A primeira agressão foi encabeçada pelo Japão, onde vigorava um regime oligárquico militarista, que em 1931 ocupou a Manchúria, um território que pertencia à China. Tratava-se de uma província economicamente muito importante pelo seu papel como interposto comercial.

A Sociedade das Nações (SDN) foi incapaz de impedir a agressão e obrigar os japoneses a recuar. Depois de 1933, avançaram para outros territórios chineses a partir da Manchúria.

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A partir de 1933, a grande preocupação de Hitler foi revitalizar a economia alemã e estabilizar o regime. Pretendia destruir o Tratado de Versalhes, rearmar a Alemanha, recuperar os territórios perdidos em 1918 e unir todos os alemães num Grande Reich.

Pouco a pouco, começou a desafiar a ordem estabelecida no pós-guerra. Retirou a Alemanha da Conferência sobre o Desarmamento e da SDN. Depois disso, em março de 1935, Hitler anunciou a criação de um grande exército e a reintrodução do serviço militar obrigatório, violando as cláusulas do Tratado de Versalhes.

A Alemanha formou com a Itália o “Eixo Roma-Berlim”, (…) e assinou com o Japão o Pacto Anti-Comintern.

No mês de outubro foi a vez de a Itália invadir a Abissínia. Este era a primeira etapa do plano de Benito Mussolini para construir um grande império em torno do Mediterrâneo.

Em março de 1936, a Alemanha entrou na zona desmilitarizada do Reno, sem que as potências ocidentais interviessem para o impedir. A França e a Grã-Bretanha para evitarem um confronto, limitaram-se a protestar, não tentando sequer expulsar os alemães.

Nesse ano, a Alemanha formou com a Itália o “Eixo Roma-Berlim”, que selou a aproximação entre os dois países, e assinou com o Japão o Pacto Anti-Comintern.

Perante a incapacidade de resposta da SDN e das potências ocidentais, Hitler pôde concretizar o seu plano de unificação com a Áustria, que se concretizou em março de 1938, quando o exército alemão atravessou a fronteira e anexou aquele país (Anschluss).

O próximo passo passou pela reivindicação da região dos Sudetas, que fazia parte da Checoslováquia, mas onde viviam mais de 3 milhões de alemães. Na Conferência de Munique, que decorreu em setembro de 1938, e na qual a Checoslováquia não esteve presente, a França e a Grã-Bretanha cederam à Alemanha. Acreditavam que, ao negociarem com Hitler e ao cederem-lhe os Sudetas, iriam apaziguar o ímpeto expansionista da Alemanha nazi. Estavam profundamente enganados.

Em março de 1939, a Alemanha quebrou a sua promessa e ocupou o restante território checo, criando o Protetorado da Boémia e Morávia e um Estado autónomo sob proteção do Reich, a Eslováquia. Tentando imitar os triunfos do seu aliado alemão, Mussolini anexou a Albânia em abril.

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Meses antes, a Polónia recusou as exigências alemãs em relação a Danzig e à criação de um “Corredor Polaco”, que permitisse ligar a Prússia Oriental ao resto da Alemanha. Hitler ordenou então ao exército que preparasse uma ação bélica contra a Polónia, de pequenas dimensões, para recuperar os territórios perdidos em 1919. Estava convicto que a Grã-Bretanha e a França não interviriam.

A Grã-Bretanha e a França não queriam a guerra, mas não poderiam aceitar que a Alemanha as humilhasse e impusesse o seu domínio sobre o continente europeu. Assim, ofereceram à Polónia garantias de apoio militar caso fosse atacada. O ataque alemão aconteceu no dia 1 de setembro, dando origem à Segunda Guerra Mundial.

Síntese:

  • As várias agressões que ocorreram nos anos 30 criaram uma atmosfera de tensão que iria envenenar as relações internacionais.
  • Pouco a pouco, começou a desafiar a ordem estabelecida no pós-guerra.
  • Perante a incapacidade de resposta da SDN e das potências ocidentais, Hitler pôde concretizar o seu plano.
  • Acreditavam que, ao negociarem com Hitler, iriam apaziguar o ímpeto expansionista da Alemanha nazi.

Temas

Ficha Técnica

  • Área Pedagógica: Relacionar a política expansionista dos regimes fascistas com o eclodir da 2ª Guerra Mundial.
  • Tipologia: Explicador
  • Autoria: Associação dos Professores de História/ Cláudia Ninhos
  • Ano: 2021